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Autoridades repercutem caos em Washington, Bolsonaro silencia

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|  Foto: Foto: Reprodução redes sociais
Manifestantes invadiram durante a tarde o prédio do Congresso dos Estados Unidos. Foto: Reprodução de vídeo/ Rebecca Tan

Autoridades brasileiras repercutem a invasão à sede do Congresso americano em Washington, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (6). O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não se pronunciou oficialmente sobre as ações violentas.

Para o presidente do Congresso Nacional e Senador pelo Amapá, Davi Alcolumbre (DEM), as imagens da invasão representam 'uma tentativa clara de insurreição e de desprezo ao resultado das eleições por parte de um grupo'.

"São inaceitáveis em qualquer democracia e merecem o repúdio e a desaprovação de todos os líderes com espírito público e responsabilidade", disse.

O Senado Federal brasileiro disse que acompanha o desenrolar dos acontecimentos, enviando aos congressistas e ao povo americano toda solidariedade e apoio.

"Defendo, como sempre defendi, que a democracia deve ser respeitada e que a vontade da maioria deve prevalecer", endossou Alcolumbre.

Já o presidente da Câmara dos Deputados e deputado federal pelo Rio de Janeiro Rodrigo Maia (DEM) chamou os invasores de 'extremistas'. Também declarou que o único caminho é a democracia.

"A invasão do Congresso norte-americano por extremistas representa um ato de desespero de uma corrente antidemocrática que perdeu as eleições. Fica cada vez mais claro que o único caminho é a democracia, com diálogo e respeitando a Constituição".

Invasão

Manifestantes invadiram durante a tarde o prédio do Congresso dos Estados Unidos, rompendo as barricadas de segurança, no momento em que os parlamentares norte-americanos debatiam a certificação da vitória de Joe Biden à Presidência do país. O Senado e a Câmara, que estavam avaliando objeções à vitória do democrata, interromperam o debate de forma abrupta e inesperada.

O jornal “Washington Post” afirmou que uma mulher foi baleada durante os confrontos entre manifestantes que invadiram o Capitólio, em Washington DC, nesta quarta-feira (6) e policiais. Segundo a publicação, ela foi atingida no ombro.

Mais cedo, o presidente Donald Trump fez um discurso de cerca de três horas para a multidão na praça do obelisco de Washington. Ao discursar, Trump voltou a dizer que venceu as eleições. "Você não cede quando há roubo envolvido", disse ele. "Nosso país está farto e não vamos aguentar mais", acrescentou.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que presidia a sessão conjunta responsável por receber e confirmar os votos dos delegados estaduais nas eleições norte-americanas, publicou nas redes sociais uma carta em que afirma que não há precedentes legais e constitucionais para que ele “aceite ou rejeite os votos unilateralmente.”

“Dada a controvérsia das eleições neste ano, alguns acreditam que, como vice-presidente, é meu papel contestar os votos. Outros acreditam que os votos eleitorais nunca devem ser contestados em uma sessão conjunta do Congresso. Após uma análise cuidadosa da nossa Constituição, nossas leis e nossa história. Acredito que nenhuma das visões está correta”, afirma o documento.

Pence afirmou que é papel dos representantes eleitos (deputados e senadores) revisar e decidir disputas que contestem o resultado eleitoral, e que “nunca na história um vice-presidente usou de tal autoridade [a validação ou invalidação de votos].”

O republicano afirmou ainda que ouvirá as objeções e argumentos de deputados e senadores com diferentes visões sobre o resultado eleitoral, mas que manterá o protocolo previsto pela Constituição norte-americana de abrir e certificar as cédulas eleitorais dos estados.

Com Agência Brasil

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